32 Anos Luiz Alberto

Lea T., Andreja Pejic, Caroline Tula e Mônica Matarazzo levaram a diversidade à passarela

A relação das marcas de moda com influenciadoras trans

12 de AGOSTO de 2020

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A moda vem fazendo história. Ela é onipresente. Por isso, não é de surpreender que ela constitua uma plataforma perfeita para minorias poderem se expressar e encontrar reconhecimento - apesar da resistência da indústria da moda, coisa antiga.

A moda manifesta-se em todos os setores da sociedade, seja para consumo impulsivo, para um figurino, para seduzir, para, apesar de tudo, expressar. E, no universo sexo/gênero ela vem contribuir para satisfação individual e coletiva. A roupa como auxiliadora de desejos que vão satisfazer os objetivos de um indivíduo e da coletividade, criando outros trajetos para a humanidade, demarcando territórios e criando rumos para a sociedade.

Em um só tempo, a roupa é sujeita e, objeto. Acessórios e adornos que constituem o traje compõe o sujeito, e como objeto a acepção do ato de vestir. A roupa em suas diversas formas de apresentação, quando colocada sobre o corpo, modela-se a ele, aderindo assim à sua forma. Na trans identidade existem os indivíduos que aderem a roupa como forma de se apresentar e expor o seu gênero através do ato de vestir.

Para alguns indivíduos, a vivência de um gênero, masculino ou feminino, pode ser discordante do sexo, macho ou fêmea, o que passa a ser uma questão de identidade, como no caso dos travestis e transexuais que são tratados coletivamente como parte de um grupo designado como transgêneros. A transexualidade é um aspecto da sexualidade que intima e instiga o avanço compreensivo da própria sexualidade para além da naturalização dos modelos binários para o sexo e gênero.

A definição segue a linha de que: transexual é o indivíduo que possui uma identidade de gênero diferente do sexo biológico natural e que muda a sua configuração corporal por meio de terapias hormonais e cirurgias de reconfiguração de gênero para viver e ser aceito como pertencente ao sexo oposto.

Os Transgêneros e Drag Queens encontram na moda e nas artes, um espaço de expressão, e busca por reconhecimento e aceitação de suas habilidades e talentos natos e, vida de modelo, sabemos que, não é nada fácil.

É preciso dedicação, trabalho duro, controle alimentar, emocional e, assim por diante. Porém, quando o assunto é, modelos TRANS, a trajetória para o sucesso, infelizmente, é, ainda, mais árdua. Algumas pioneiras já conseguiram levar diversidade às passarelas, como por exemplo: Lea T., Andreja Pejic, Caroline Tula e Mônica Matarazzo, com variadas idades e profissões, além da arte de modelar, claro.

Para a designer, modelo e influencer paranaense, Mônica Matarazzo, de 45 anos, a moda foi importante para construir seu corpo e fazê-la se identificar como uma mulher. Nascida em Londrina, se aceitou como uma pessoa trans, que se sentia inadequada no corpo masculino e, aos 17 anos, percebeu que para sua caminhada na vida ter sentido e ser uma pessoa plena, teria de encarar o maior desafio de sua vida: dar o primeiro passo rumo à mudança física e emocional.

Com apenas 19 anos, Mônica deixou Londrina, onde morou boa parte da vida de criança e adolescente, e rumou para o Velho Continente, carregando sonhos, conquistas e adaptação ao seu novo ser, com o qual se identificava de verdade. Chegou à Europa em 93 e começou a trabalhar em casas de shows, os antigos cabarés. Pouco tempo depois, buscou sua regularização e conseguiu sua documentação, se estabelecendo na Itália, em Seriate, província de Bérgamo, a 50km de Milão, capital da moda de Luxo e Contemporânea.

Mônica é uma pessoa que veste e pode apresentar roupas e acessórios de uma maneira maravilhosa. “Eu gostaria de mostrar que o tamanho do corpo, cor da pele ou identidade não podem ser impeditivos na carreira de ninguém enquanto a pessoa for apaixonada pelo que faz e desejar alcançar algo neste setor" comenta ela.

Há alguns anos atuando profissionalmente como modelo e designer de interiores, autodidata, a paranaense tem no currículo marcas conhecidas como a 2 Rios Lingerie, por exemplo, onde a história da marca 2Rios teve seu início nos anos 90, nascendo então um novo conceito de conforto e feminilidade para a lingerie. Com seus produtos sendo produção 100% brasileira, produz anualmente em torno de 2,4 milhões de peças, marcando presença nacional em mais de mil lojas multimarcas e exportando para mais de 20 países, a marca apostou na modelo TRANS para ser uma de suas campanhas.

Além da marca 2 Rios Lingerie, consta no currículo de Mônica as grifes: Charlô – Grife de óculos da Ótica Família Urso de Florianópolis e Pimenta Glam Lingerie, marca paulistana.

As marcas e a moda darem esta oportunidade a uma comunidade que não é muito representada aos olhos do público é incrível e mostra o quão longe o mundo chegou.

Matéria enviada por Mário Aurélio Demari

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